Poupança registra saída líquida de R$ 6,09 bilhões

Poupança: Após retiradas recordes em janeiro e fevereiro, a saída de recursos da aplicação financeira mais popular entre os brasileiros diminuiu. Em março, os brasileiros retiraram R$ 6,09 bilhões a mais do que depositaram na caderneta, conforme divulgado na quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC).

A retirada líquida – diferença entre saques e depósitos – diminuiu 60,36% em comparação com março do ano anterior, quando os correntistas sacaram R$ 15,36 bilhões a mais do que depositaram.

Com o resultado de março, a poupança acumula uma retirada líquida de R$ 51,23 bilhões no ano. Apesar da desaceleração no mês passado, a aplicação apresentou a maior retirada acumulada para o período desde 1995, impulsionada pela expressiva saída de recursos no início do ano. No primeiro trimestre do ano anterior, os saques superaram os depósitos em R$ 40,37 bilhões.

O montante de saques na caderneta excedeu o de depósitos em R$ 51,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Esse valor, 26,9% maior do que o resultado registrado nos três primeiros meses do ano anterior (-R$ 40,4 bilhões), é o mais elevado da série histórica, que teve início em 1995, para esse intervalo.

Poupança: retirada de dinheiro
Poupança: retirada de dinheiro.

Histórico de retiradas

Em 2022, a caderneta teve uma fuga líquida recorde de R$ 103,24 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento elevados. Os rendimentos da poupança voltaram a superar a inflação devido aos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa se mostram mais atrativas.

Em 2020, a poupança registrou captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para esse resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia da covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Em 2021, a caderneta registrou uma retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação sofreu pressão devido ao término do auxílio emergencial, aos baixos rendimentos e ao maior endividamento dos brasileiros.

Rendimento

Até pouco tempo atrás, a poupança rendia 70% da taxa Selic. Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, uma vez que a Selic ultrapassou os 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, fazendo com que a aplicação financeira deixasse de perder para a inflação pela primeira vez desde meados de 2020.

Nos 12 meses encerrados em março, a aplicação rendeu 7,7%, conforme dados do Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como uma prévia da inflação oficial, alcançou 5,36%.

Vantagens e desvantagens

A caderneta de poupança é uma das aplicações financeiras mais populares no Brasil, conhecida por sua simplicidade e segurança. No entanto, é fundamental entender as vantagens e desvantagens dessa modalidade de investimento antes de optar por ela. Neste artigo, abordaremos os principais pontos positivos e negativos da aplicação na poupança.

Vantagens

Segurança: A caderneta de poupança é considerada um dos investimentos mais seguros disponíveis no mercado, pois é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.

Liquidez: A poupança possui alta liquidez, permitindo o resgate dos valores investidos a qualquer momento, sem a necessidade de esperar um prazo específico.

Isenção de Imposto de Renda (IR): Os rendimentos da poupança são isentos de IR para pessoas físicas, o que pode ser vantajoso para investidores que buscam opções com menor carga tributária.

Simplicidade: A poupança é uma opção fácil de ser entendida e gerenciada, sem a necessidade de conhecimentos avançados em finanças. Além disso, é possível começar a investir com valores baixos.

Desvantagens

Baixo rendimento: Uma das principais desvantagens da poupança é o seu baixo rendimento, que pode ser inferior à inflação, fazendo com que o investidor perca poder de compra ao longo do tempo. Atualmente, a poupança rende TR + 7,7% ao ano quando a taxa Selic está acima de 8,5%.

Rentabilidade inferior a outras aplicações: A poupança possui rentabilidade menor quando comparada a outras aplicações de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Direto, que podem apresentar melhores retornos para o investidor.

Não é indicada para investimentos de longo prazo: Devido ao seu baixo rendimento e à possibilidade de perder para a inflação, a poupança não é a melhor opção para investimentos de longo prazo, como aposentadoria ou aquisição de bens de maior valor.

A caderneta de poupança pode ser uma opção interessante para quem busca segurança e simplicidade em seus investimentos. No entanto, é importante considerar suas desvantagens e compará-las com outras modalidades de aplicações financeiras antes de tomar uma decisão. Analisar o perfil de investidor, os objetivos e o prazo para realização de metas são fatores fundamentais na escolha do investimento ideal.

 

 

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