Revisão do FGTS gera lucro e surpreende os trabalhadores
A revisão dos valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está prestes a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com informações oficiais, a ação ocorrerá no dia 20 de abril. A saber, o objetivo da proposta é fazer com o saldo da poupança do trabalhador passe a ser corrigido com base no índice de correção monetária.
A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) terá como relator o ministro Roberto Barroso. Com a correção aprovada, o rendimento dos valores do Fundo de Garantia passará a ser baseado na taxa apurada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).
É importante salientar que os valores do FGTS não são reajustados de acordo com o INPC desde o ano de 1999. Dessa forma, o objetivo da ação é garantir o reajuste do fundo e repor os valores dos mais de 20 anos.
A saber, de acordo com especialistas, os trabalhadores que exercem atividade formal desde o ano de 1999 e são beneficiados com o FGTS poderão receber, caso reajustado, o valor de até R$ 10 mil. Dados recentes apontam que cerca de 100 milhões de trabalhadores teriam direito ao pagamento.
Quem poderá ter os valores reajustados?
Poderão solicitar a correção os trabalhadores que resgataram, parcial ou integralmente, o saldo em conta a partir de 1999, sendo eles:
Trabalhadores Urbanos;
Trabalhadores rurais;
Trabalhadores intermitentes (Lei nº 13.467/2017 – Reforma Trabalhista);
Trabalhadores temporários;
Trabalhadores avulsos;
Safreiros (operários rurais, que trabalham apenas no período de colheita);
Atletas profissionais;
Diretor não empregado poderá ser equiparado aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS e;
Empregado doméstico.
FGTS 2023
Primeiramente, é importante salientar que o FGTS é pago aos trabalhadores que exercem a sua atividade formalmente, ou seja, com carteira assinada. Esses cidadãos, ao serem demitidos sem justa causa, podem ter acesso ao valor do fundo, bem como obter o valor de uma multa paga pelo empregador, correspondente a 40% do saldo do FGTS.
A saber, o trabalhador pode sacar o FGTS nas seguintes situações:
Aposentadoria;
Anulação de vínculo empregatício por acordo entre patrão e funcionário;
Compra da casa própria, liquidação ou amortização de dívida ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional;
Demissão sem justa causa;
Desastres naturais, como enchentes e ventania, raios, em que o estado decrete calamidade pública;
Trabalhadores ou dependentes portadores de HIV;
Trabalhadores ou dependentes com câncer;
Trabalhadores com idade a partir de 70 anos;
Fechamento total ou parcial da empresa;
A partir de três anos seguidos sem carteira assinada;
Rescisão por culpa do empregador e empregado ou por força maior;
Saque-aniversário;
Término de contrato por prazo determinado;
Titular ou dependentes que estejam em estágio terminal de vida;
Em caso de morte do titular, os dependentes e herdeiros judicialmente reconhecidos podem realizar o saque.