NOVIDADE faz cidadãos se ARREPENDEREM do AUMENTO do salário; entenda o MOTIVO

Muitos brasileiros que recebem de 1,5 salário-mínimo acima terão que gastar um valor a mais no orçamento, algo inesperado. Com o tão esperado reajuste do piso nacional, tais cidadãos não se enquadram mais nos requisitos para obtenção da isenção do IR (Imposto de Renda).

Tal distorção tem como motivo a falta da correção da tabela desse tributo que, infelizmente, não é atualizada desde o ano de 2015. Nesses oito anos, o teto, ou salário-mínimo, que isentava o contribuinte do pagamento do imposto correspondia a R$ 1.903,98 por mês. Mas, como ficará a situação? Saiba mais na matéria deste domingo (29) do Notícias Concursos.

Isenção para os que ganham até R$ 5 mil

Naquela época, o piso no Brasil equivalia a R$ 788,00, significando receber 2,5 salários para se livrar da cobrança. Considerando o novo piso de R$ 1.302,00, os que ganham 1,5 salário, atualmente, possuem renda de R$ 1.953,00. Isso é mais do que a faixa de isenção. Então, cidadãos inseridos nesse grupo pagarão Imposto de Renda em 2023.

Uma das promessas da campanha de Lula é a correção da tabela do Imposto de Renda. Assim, quem recebe até R$ 5 mil por mês não pagará o tributo. Tal compromisso também teve precedente por parte de Jair Bolsonaro, ex-presidente, mas não foi cumprido.

Várias pessoas torciam pelo reajuste sair ainda em 2023, contudo, isso não ocorrerá. Para a cúpula do governo, é preciso organizar todo o orçamento para só depois executar a mudança radical.

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, diz que a proposta é para seguir durante o mandato. Infelizmente, nem na PEC de transição esse reajuste está em pauta, menos ainda na reorganização orçamentária de 2023.

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Mudança feita aos poucos

Luiz Marinho, ministro do Trabalho, fez uma declaração recente, afirmando que tal proposta para a isenção do Imposto de Renda para os que ganham até R$ 5 mil terá o cumprimento. No entanto, tudo será feito gradualmente, conforme resultados econômicos no país.

O governo cumprirá a promessa, caso a economia garanta um equilíbrio nas finanças. Não se pode prometer algo e cumprir de forma irresponsável.

Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset, fez um levantamento, onde constatou que a ampliação das faixas de isenção causará um rombo no orçamento de cerca de R$ 173 bilhões anuais nos cofres públicos. Caso as alterações sejam graduais, as perdas têm condições de redução para R$ 16 bilhões por ano. Então, por enquanto, quem recebe 1,5 salário vai, sim, pagar o IR.

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