Preços da construção civil SOBEM 10,90% em 2022
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que mede a variação dos preços de itens e serviços do setor, disparou 10,90% em 2022. A saber, a inflação da construção desacelerou em dezembro, passando de 0,15% para 0,08%, mas isso não afetou a taxa anual.
Embora o Sinapi tenha variado fortemente no ano passado, vale destacar a desaceleração dos preços no país. Isso porque, em 2021, o indicador registrou uma variação de 18,65%, bem acima da taxa de 2022.
“É importante observar que mesmo com a variação em dezembro bem menor que a captada em meses anteriores, o acumulado em 2022 ficou abaixo apenas do que foi captado em 2021, com taxa de 18,65%, e pouco acima de 2020, com 10,16%”, avaliou o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
“Portanto, mesmo com quedas recorrentes desde julho, o acumulado no ano ainda tem influência das altas captadas no momento atípico de pandemia”, acrescentou.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (10).
De acordo com a pesquisa, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.679,25 em dezembro. Em resumo, R$ 1001,20 correspondeu aos materiais, enquanto que R$ 678,05 se referiu à mão de obra.
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Região Centro-Oeste tem maior variação em 2022
O Centro-Oeste registrou a maior variação entre as regiões do país no ano passado (14,60%), superando a taxa nacional. Na região, o destaque foi Mato Grosso, onde os custos do setor subiram 20,52% em 2022, impulsionando a variação regional.
A região Norte também teve uma variação superior à média nacional (12,70%). Os estados que mais contribuíram com esse resultado foram Rondônia (16,96%), Amazonas (15,17%) e Tocantins (14,06%).
Por outro lado, os preços nas demais regiões brasileiras subiram menos que a média nacional. A saber, as taxas foram as seguintes: Sul (10,48%), Sudeste (10,33%) e Nordeste (10,02%).
Em suma, a maior taxa entre todos os estados das três regiões foi a do Rio Grande do Norte (16,93%). Em seguida, ficaram Pernambuco (12,19%), Piauí (11,79%), Santa Catarina (11,38%), São Paulo (10,95%), Paraíba (10,94%) e Alagoas (10,74%).
Por fim, o Sinapi foi criado para produzir informações de custos e índices de maneira sistematizada e com abrangência nacional. Isso aconteceu para elaborar e avaliar orçamentos da construção civil, bem como acompanhar os custos do setor.
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