O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou nesta sexta-feira (30) que haverá uma “trégua” na cobrança de impostos sobre combustíveis nos próximos dias. A saber, o senador foi anunciado nesta sexta-feira (30) pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o futuro presidente da Petrobras.
Essa declaração é o oposto do que afirmou o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em síntese, ele afirmou dias atrás que não haveria prorrogação da isenção dos impostos no início do governo Lula, pois a equipe deseja avaliar os impactos da medida.
Em outras palavras, Haddad vem defendendo a volta da cobrança dos impostos sobre combustíveis. No entanto, Prates afirmou que isso não deverá acontecer nos próximos meses.
“A própria discussão da política de combustíveis também vai ganhar uma trégua. Então, provavelmente, a gente está finalizando esse processo aqui, mas provavelmente a gente vai ter uma trégua de 30 ou 60 dias para segurar os impostos, não voltar já com um fato novo relevante como esse”, disse o futuro presidente da Petrobras.
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Prates explica como será a trégua da cobrança
De acordo com o senador, ainda não há informações oficiais em relação à maneira que a trégua da cobrança acontecerá. No entanto, ele afirmou que não pode “atropelar” a equipe econômica do governo, quando questionado se uma medida provisória estenderá a desoneração dos combustíveis.
“Isso é com o ministro Haddad. Eu não posso atropelar a situação. Estamos tratando de uma indicação, de uma forma de manter um certo período de graça nesse processo para poder rediscuti-lo, o que não quer dizer que não vai haver a discussão”, disse Prates.
Em meio a todos os rumores sobre os combustíveis e a política de preços da Petrobras, a estatal decidiu emitir um comunicado, afirmando que a sua política continua inalterada.
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, disse a estatal.
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