Desoneração dos combustíveis será discutida, diz futuro ministro

A atenção do mercado está voltada para os combustíveis. Os preços praticados pela Petrobras poderão ter uma mudança significativa já no início de 2023. Isso porque o governo Lula não pretende prorrogar a isenção dos impostos sobre os combustíveis.

Por outro lado, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), anunciado nesta sexta-feira (30) pelo presidente Lula como o futuro presidente da Petrobras, afirmou que haverá uma trégua de 30 ou 60 dias na cobrança dos impostos sobre os combustíveis.

Em meio a essas informações desencontradas, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), futuro ministro de Minas e Energia, disse que deverá conversas com Fernando Haddad sobre essa questão do preço dos combustíveis. A saber, Haddad é o novo ministro da Fazenda do governo Lula.

Há alguns dias, Haddad pediu ao governo Bolsonaro que não prorrogasse a isenção dos impostos. Em síntese, ele afirmou que essa prorrogação não aconteceria, pois o governo Lula deseja avaliar os impactos da medida.

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Entenda a cobrança de impostos sobre combustíveis

Entre os que defendem a isenção dos impostos, o principal benefício atingiria diretamente o consumidor. Isso porque, quando o governo deixa de arrecadar impostos, os postos passam a cobrar valores mais baixos, beneficiando os motoristas do país.

Em contrapartida, os que defendem a volta da cobrança dos impostos sobre os combustíveis citam o volume arrecadado pelo governo federal. Em suma, há um potencial de arrecadação de quase R$ 53 bilhões em 2023 com a volta dos impostos federais.

O futuro ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que toda decisão sobre os combustíveis deverá ser tomada com muito critério pelo governo eleito. A saber, o objetivo é não afastar o investidor privado do país.

“Vamos começar a discutir agora [sobre combustíveis], há uma grande preocupação nesse sentido, tanto na questão dos combustíveis quanto na questão de energia elétrica, (…), vamos precisar ter muito critério, muita seriedade, muita parcimônia”, explicou Silveira.

“Somos um ministério regulador, precisamos ter muito equilíbrio para ter segurança jurídica, segurança de contrato pra atrair investimentos pra poder continuar desenvolvendo o setor energético nacional e consequentemente diluir preço de tarifa”, acrescentou.

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