IGP-M: inflação do aluguel SOBE 0,45% em dezembro, revela FGV

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) revelou nesta quinta-feira (29) que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,45% em dezembro, após cair 0,56% em novembro. A saber, este indicador é conhecido como inflação do aluguel.

Em resumo, o índice funciona como um indexador de contratos, incluindo os de locação de imóveis. No entanto, o IGP-M não fica limitado a aluguéis, atingindo também contratos de tarifas públicas e seguros, por exemplo.

Além disso, influencia mensalidades de escolas e universidades, tarifa de energia elétrica e planos de saúde. Em outras palavras, o IGP-M é muito importante para diversos segmentos da sociedade.

Com o acréscimo do resultado de dezembro, o índice fechou o ano acumulando uma variação de 5,45%. A taxa foi bem menor que a registrada em 2021, quando o IGP-M acumulou alta de 17,78% entre janeiro e dezembro.

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Taxa do IGP-M abrange três índices

Em suma, a inflação do IGP-M é formada por três indicadores: Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Aliás, dois dos três indicadores desaceleraram em setembro, puxando o IGP-M para baixo.

A saber, o IPA passou de -0,94% em novembro para 0,47% em dezembro. Esse resultado foi responsável pela aceleração da taxa do IGP-M neste mês. Aliás, os outros dois componentes também tiveram variação positiva em novembro.

“A última edição do IGP-M de 2022, mostra aceleração dos preços de alimentos importantes ao produtor e ao consumidor”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços.

“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para: feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%)”, explicou o coordenador.

Por sua vez, o IPC subiu 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% no mês anterior. A taxa desacelerou devido ao decréscimo registrado por cinco das oito classes de despesas pesquisadas pelo FGV Ibre.

Os avanços vieram apenas dos grupos alimentação (0,83% para 0,99%), comunicação (-0,32% para 0,48%) e habitação (0,37% para 0,42%).

“Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para: tomate (de 18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”, disse Braz.

Por fim, o INCC acelerou de 0,14% em novembro para 0,27% em dezembro. As variações dos três grupos componentes do índice foram as seguintes: materiais e equipamentos (-0,35% para 0,37%), serviços (0,35% para 0,43%) e mão de obra (0,53% para 0,16%).

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