IPCA-15: preços de vários itens disparam em 2022; veja os destaques

A inflação no Brasil subiu em dezembro, registrando uma taxa bem semelhante a do mês anterior. A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,52% em dezembro, após variação de 0,53% em novembro. Aliás, o indicador é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.

Em resumo, o avanço do IPCA-15 em dezembro foi impulsionado pela alta de sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

Os grupos que exerceram os maiores impactos foram transportes e alimentação e bebidas, que influenciaram a prévia da inflação em 0,17 e 0,15 ponto percentual (p.p.), respectivamente.

No acumulado de 2022, o IPCA-15 subiu 5,90%, superando a meta da inflação para o ano, de 3,50%. Entre os grupos pesquisados, as maiores variações vieram de vestuário (18,39%), alimentação e bebidas (11,96%) e saúde e cuidados pessoais (11,24%).

Essas taxas podem parecer até expressivas, mas diversos itens tiveram altas bem mais significativas neste ano. Em suma, a cebola assumiu o papel de “vilã” da inflação em 2022, com o preço subindo mais de 160%. No entanto, os preços de outros produtos também dispararam no ano.

Veja abaixo os dez itens que mais subiram no acumulado de 2022:

Cebola: 166,37%
Pepino: 70,62%
Maçã: 49,77%
Limão: 49,12%
Banana-d’água: 43,87%
Alimento infantil: 41,07%
Banana-maçã: 40,32%
Farinha de mandioca: 39,30%
Leite condensado: 39,25%
Banana-prata: 39,17%

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Veja os itens cujos preços mais caíram em 12 meses

Embora diversos itens tenham ficado bem mais caros que em 2021, vários outros registraram quedas firmes neste ano. A saber, o etanol liderou o ranking nacional de quedas, apesar de ter ficado 5,44% mais caro em dezembro, na comparação com novembro.

Além disso, a gasolina também se destacou em 2022, com a segunda maior queda acumulada no ano. Em síntese, os combustíveis exercem uma forte influência no IPCA-15. Por isso que a prévia da inflação não ficou tão expressiva quanto poderia, apesar de muitos itens terem ficado bem mais caros no ano.

Confira abaixo os dez itens com as maiores quedas acumuladas em 12 meses:

Etanol: -26,38%
Gasolina: -25,46%
Energia elétrica residencial: -18,68%
Carne de carneiro: -17,15%
Videogame (console): -14,87%
Acesso à internet: -12,08%
Abacate: -10,65%
Saco para lixo: -9,61%
Aluguel de veículo: -9,37%
Televisor: -9,07%

Vale destacar que apenas 34 dos mais de 370 itens pesquisados pelo IBGE tiveram queda nos preços nos últimos 12 meses. Isso mostra que os recuos ficaram restritos a poucos produtos e serviços, e as quedas mais intensas atingiram itens que exercem maior influência no IPCA-15.

Contudo, vale destacar que os combustíveis exercem maior impacto no orçamento das famílias de renda mais elevada, que possuem veículo. Em outras palavras, os mais pobres sofreram mais com o aumento dos preços, visto que não puderam aproveitar muito a queda da gasolina e do etanol, por exemplo.

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