O preço do leite longa vida caiu pelo quarto mês consecutivo nos supermercados do país. Em dezembro, o item ficou 6,10% mais barato que em novembro.
Embora o recuo tenha sido firme, foi o menos intenso registrado nos últimos meses. Em suma, a variação seguiu as quedas registradas em setembro (-12,01%), outubro (-9,91%) e novembro (-6,28%).
Apesar desses recuos mensais, o leite fechou 2022 com uma forte alta de 25,42%. Isso quer dizer que as famílias do país precisaram gastar muito mais que no ano passado para adquirir o leite longa vida.
Esses dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o indicador subiu 0,52% e acumulou uma alta de 5,90% neste ano. A propósito, o IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil.
Vale destacar que o preço do leite disparou tanto no início do segundo semestre no Brasil que fez quase um quatro das pessoas trocar o item por soro de leite devido ao preço mais acessível. Por isso, apesar das fortes quedas registradas nos últimos meses de 2022, o item fechou o ano com uma alta expressiva.
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Preço do leite deve continuar caindo nos próximos meses
De acordo com especialistas, o preço do leite deve seguir em queda no país, gradativamente. Em resumo, os altos valores cobrados pelo item não se sustentaram, pois a demanda caiu significativamente, forçando a queda do preço para a população.
No final do primeiro semestre de 2022, dois fatores ajudaram a encarecer o leite no país. O primeiro deles foi o período de entressafra, que se prolongou entre março e setembro. Neste período, as pastagens ficam mais secas, o que ajuda a reduzir a oferta de leite no mercado.
Já o segundo fator se referiu aos custos da produção, que estavam muito altos em todo o mundo. Em suma, os produtores estavam gastando mais com os gados, e esses custos chegaram inevitavelmente aos consumidores. Contudo, isso começou a mudar em setembro, segundo o IPCA-15, e segue em outubro.
Por fim, a expectativa é que os preços sigam em queda no país nos primeiros meses de 2023. Contudo, os recuos deverão ficar cada vez menos intensos no país, até que o preço volte a subir no meio do ano. Pelo menos essa é a expectativa.
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