Os brasileiros continuam realizando compras no país, mas nem todo mundo está conseguindo pagar as faturas dos cartões. De acordo com dado mais recente divulgado pelo Banco Central (BC), a taxa de inadimplência no rotativo do cartão de crédito chegou a 44,4% em outubro.
A saber, esse percentual se refere às pessoas que não fizeram o pagamento integral da fatura. Aliás, o número é recorde para a série histórica, que teve início em dezembro de 2011.
Vale destacar que, desde abril de 2017, o cliente só pode ficar 30 dias no rotativo. Após esse período, a pessoa é encaminhada para outras linhas.
A título de comparação, a inadimplência no rotativo do cartão de crédito havia ficado em 35,5% em fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Isso quer dizer que o percentual subiu quase 9 pontos percentuais desde a chegada da pandemia.
Inclusive, a taxa de inadimplência atingiu uma mínima em abril de 2021, de 25,4%. Em síntese, isso aconteceu devido à redução generalizada nos índices de atraso por causa das medidas adotadas pelo governo e das pausas nos pagamentos oferecidas pelos bancos.
Contudo, a inadimplência vem subindo desde então, de maneira praticamente ininterrupta. Isso mostra que os brasileiros estão enfrentando cada vez mais dificuldades para conseguir pagar suas faturas em dia.
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Juros do cartão de crédito rotativo disparam
Em novembro, o BC divulgou dados sobre os juros do cartão de crédito rotativo. A saber, a taxa de juros subiu de 390,7% ao ano em setembro para 399,5% ao ano em outubro. Em suma, essa foi a segunda maior taxa desde agosto de 2017, ficando atrás apenas da registrada em agosto deste ano (399,6% ao ano).
A propósito, os juros desta modalidade não são nem de longe positivos para os brasileiros. Na verdade, essa é a linha de crédito mais cara do mercado.
Contudo, há um benefício que sempre atrai os consumidores: este crédito pode ser acionado pela pessoas que não têm condições financeiras de pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
Como a linha de crédito é muito cara, os analistas recomendam que o consumidor a evite, seja qual for a situação em que estiver.
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