Economia: confira as estratégias de negócios da B3 para 2023
A Bolsa de Valores do Brasil (B3) apresentou ontem sua estratégia de negócios para 2023, durante o B3Day. No encontro anual com investidores, a companhia afirmou que vai reforçar cada vez mais o modelo ambidestro, com evolução constante do core business aliada à expansão e à diversificação dos negócios adjacentes, especialmente em Dados & Analytics, serviços de tecnologia e plataformas, de acordo com informações oficiais.
Economia: confira as estratégias de negócios da B3 para 2023
A estratégia para o core business prevê maximizar os negócios em listados e de balcão, com foco na inovação, agilidade, modularização e modernização de plataformas. Segundo Finkelsztain, o objetivo é antecipar as necessidades dos clientes, trazendo produtos e soluções inovadoras para o mercado.
No pilar de negócios adjacentes, o foco será expandir a presença para novas atividades do ecossistema, explorando as oportunidades dentro dos segmentos de dados, serviços de tecnologia e plataformas. Uma das novidades nesta área é a aquisição da Neurotech, empresa especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data.
Além disso, a atuação integrada com a Neoway traz oportunidades de sinergias em receita e expansão do mix de produtos, potencializando o desenvolvimento de soluções combinadas e de alto valor agregado, além de um aumento significativo da capilaridade de clientes.
Mercado de listados e balcão
Durante o B3 Day, os executivos da companhia falaram sobre os resultados, as iniciativas e estratégias dos mercados de listados e balcão, antecipando algumas tendências para os próximos anos. No mercado de listados, o destaque foi para o cenário desafiador enfrentado pelas bolsas no mundo todo em 2022, apontando para um novo patamar de turnover.
Apesar da queda no volume de negociações diárias (ADTV) por pessoas físicas, a Bolsa de Valores do Brasil (B3) terminou o ano com desempenho superior ao de outros grandes mercados, como Coreia, Hong Kong e Xangai.
Para 2023, estão previstas diversas iniciativas no pipeline, incluindo ampliação de produtos internacionais, ambiente experimental para PMEs, BDRs de empresas brasileiras em índices, futuro de cripto, extensão do fractional shares (permitindo ao cliente escolher o volume financeiro que pretende investir, em vez do número de ações) e horário de funcionamento.
Internalização de ordens
Outro tema de destaque abordado durante o evento foi a internalização de ordens, quando valores mobiliários são negociados sem passar pela Bolsa de Valores do Brasil (B3).
Iniciativas além do core business
Na estratégia de negócios adjacentes, o investimento em soluções de dados se consolida como uma das principais iniciativas de crescimento da Bolsa de Valores do Brasil (B3) para o futuro.
Digital Assets
A B3 também planeja consolidar a frente de Digital Assets, atuando em duas frentes principais:
Cripto as a service (voltada para o mercado de B2B2C) – atuando como “hub” de criptoativos, provendo infraestrutura para instituições financeiras que queriam oferecer esses ativos a seus clientes finais, com excelência operacional;
Infraestrutura institucional para ativos digitais (B2B) – sendo um “marketplace” de tokens e cobrindo toda a cadeia de valor, desde a criação do token até sua custódia. Por fim, foi apresentado o plano de oferecer serviços de tecnologia e plataformas em áreas correlatas ao negócio principal da Bolsa de Valores do Brasil (B3), destaca a divulgação oficial.