Inadimplência entre os mais pobres bate RECORDE em novembro
O número de brasileiros com dívidas atrasadas não para de crescer no Brasil. A saber, 34,1% das pessoas que recebiam até dez salários mínimos atrasaram dívidas em novembro. E essa é a maior proporção de inadimplência já registrada pela série histórica, iniciada em 2010.
Em síntese, os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A propósito, o levantamento revelou que 78,9% das famílias do país tinham alguma dívida em novembro.
“Os orçamentos das famílias de menor renda seguem apertados porque os juros altos aumentam as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento”, disse Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela Peic.
“Com maior nível de endividamento, está mais difícil pagar todos os compromissos em dia, contas de consumo e dívidas”, acrescentou.
Diante desse cenário, a quantidade de pessoas que revelaram não ter condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores cresceu em novembro. Em suma, a taxa chegou a 10,9%, mas a proporção ficou ainda mais elevada entre as pessoas de menores rendimentos (13,4%).
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Dívidas consomem cada vez mais a renda do brasileiro
O levantamento também revelou que os brasileiros estão tendo a renda cada vez mais consumida pelas dívidas. A saber, 21,6% dos consumidores do país sofreram em novembro com mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Em novembro do ano passado, a taxa era de 20,8%.
“Em média, o brasileiro precisou gastar 30,4% de toda a sua renda apenas para pagar dívidas em novembro, isso sem contar os serviços e as contas de consumo como água, energia, telefone, gás, entre outras. Ou seja, a cada R$ 1.000 do rendimento, em média R$ 304 estão comprometidos com dívidas”, disse Izis Ferreira.
Por fim, a CNC revelou que o cartão de crédito continuou liderando o meio de pagamento em que mais consumidores possuem dívidas (78,9%). A taxa ficou 0,3 p.p. inferior a de outubro, mas cresceu 3,3 p.p. na comparação com novembro de 2021.
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