Brasil continua com os JUROS REAIS MAIS ELEVADOS do mundo
Nesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juro da economia brasileira estável, em 13,75% ao ano. Essa foi a terceira vez seguida que a taxa se manteve estável, após 12 avanços consecutivos dos juros no país.
Embora a taxa Selic tenha permanecido estável, isso não retirou o Brasil da liderança do ranking mundial dos juros reais. Em resumo, a lista desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, e o Brasil tem os juros reais mais altos do mundo desde maio.
A saber, os juros reais no país estão a 8,16% ao ano com a taxa Selic em 13,75%, segundo um levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. A propósito, o levantamento engloba 40 países, incluindo Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, maiores economias do planeta.
Brasil: 8,16%;
México: 5,39%;
Chile: 4,66%;
Hong Kong: 3,12%;
Colômbia: 2,39%;
Filipinas: 2,21%;
Indonésia: 2,09%;
África do Sul: 1,73%;
Índia: 1,13%;
Israel: 0,74%;
Malásia: 0,30%;
Nova Zelândia: 0,08%;
Hungria: 0,05%;
China: 0,02%.
Todos os demais países do levantamento apresentaram taxas negativas de juros reais. Em suma, a Turquia ficou na última posição, com um juro real negativo de 14,49%. Também tiveram taxas negativas intensas: Argentina (-11,36%), Holanda (-7,78%), República Checa (-7,53%), Grécia (-6,43%), Bélgica (-6,39%) e Polônia (-6,35%).
Entre as maiores economias do planeta, os Estados Unidos ficaram em 16º (-1,04%), enquanto o Japão ficou em 17º (-1,54%). Já a Alemanha se manteve subiu uma posição, para 32º, com uma taxa de -5,36%.
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Brasil fica na segunda posição no ranking de juros nominais
Além disso, o levantamento também revelou as taxas de juros nominais entre os 40 países. Isso quer dizer que o ranking se refere ao valor nominal dos juros, sem descontar a inflação.
Em suma, o Brasil se manteve no segundo lugar, com a taxa de 13,75%. Nesse ranking, a Argentina liderou a lista, com a taxa básica de juro da economia atingindo expressivos 75% ao ano.
A saber, a Argentina vem tentando sair de uma recessão econômica desde 2018. No ano passado, a inflação disparou 50,9% no país, uma das maiores taxas do mundo. E isso explica o motivo de os juros estarem tão elevados e, mesmo assim, o país ter a segunda menor taxa de juro real entre os 40 países do levantamento.
O top cinco nos juros nominais ainda traz Hungria (13,00%), Chile (11,25%) e Colômbia (+11,00%); Entre as quatro maiores economias globais, as taxas foram as seguintes: China (4,35%, em 15º lugar), Estados Unidos (4,00%, em 18º), Alemanha (2,00%, em 27º) e Japão (-0,10%, em 39º).
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