A extrema pobreza bateu recorde no Brasil em 2021. De acordo com o Banco Mundial, 17,9 milhões de cidadãos viviam com até US$ 1,90 por mês no país, ou R$ 168 mensais. A saber, essa é a linha definida pelo Banco Mundial para determinar quem é extremamente pobre.
Esse dado mostra o quanto os brasileiros sofreram no ano passado com a renda limitada. Em resumo, o número de pessoas os que se enquadram na extrema pobreza correspondeu a 8,4% da população do país. Tanto o número quanto o percentual foram recordes da série, que teve início em 2012.
Ao considerar a proporção de pessoas pobres, que viviam com até US$ 5,50 por mês, ou R$ 486 mensais, o número chegou a 62,5 milhões. Isso correspondeu a 29,4% da população brasileira em 2021, ou seja, quase três em cada dez pessoas que viviam no Brasil eram pobres. A propósito, o número absoluto e o percentual também foram recordes.
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Número de crianças pobres também bate recorde
Os dados do Banco Mundial também revelaram que a “proporção de crianças menores de 14 anos de idade abaixo da linha de pobreza chegou a 46,2%”. A saber, esse é o maior percentual da série, após atingir o menor nível (38,6%) em 2020.
A diferença entre pretos e brancos também se refletiu nos números. Em síntese, a proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza foi de 37,7%. Ao comparar com brancos, cujo percentual foi de 18,6%, o número ficou quase duas vezes maior.
Esses dados foram apresentados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de jovens de 15 a 29 anos pobres (33,2%) ficou mais de três vezes superior ao dos idosos (10,4%).
O Banco Mundial também mostrou as dificuldades enfrentadas por mulheres. Em suma, “62,8% das pessoas que vivem em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos estavam abaixo da linha de pobreza”, disse o IBGE.
Por fim, ao considerar as regiões brasileiras, o Nordeste respondeu por mais da metade de pessoas vivendo na extrema pobreza no Brasil em 2021. Veja abaixo os dados de cada região:
Nordeste: 53,2%
Sudeste: 29,5%
Norte: 13,0%
Sul: 5,0%
Centro-Oeste: 3,3%
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