Economia: etanol é mais vantajoso em dois estados (confira!)
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor de negociação do etanol é mais vantajoso do que a gasolina em dois estados brasileiros, Paraíba e Mato Grosso. Isso se deve ao fato de que o valor do álcool está em até 70% do preço da gasolina.
Segundo a agência, o preço do etanol em todo o país vinha caindo há 22 semanas, quando houve uma mudança de cenário, apresentando então, uma alta em seis semanas seguidas. Durante o período pesquisado, constatou-se um aumento de cerca de 12,46%. com um preço médio de R$3,79.
O estudo da ANP cobriu o período de 6 a 12 de novembro. O litro de álcool é encontrado no estado do Nordeste a R$3,32, enquanto que a gasolina está em R$4,80. Já na região Centro-Oeste, o etanol está em R$3,49, enquanto que a gasolina é comercializada a R$5,02.
No fim de setembro, foi constatado uma maior competitividade nos valores negociados do etanol em sete estados, além do Distrito Federal. Podemos destacar o Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e o DF. Em São Paulo o valor do álcool está perto do limite, com o combustível a R$3,69.
Mercado nacional
A princípio, os estados que apresentam a menor competitividade entre o valor dos combustíveis negociados são o Amapá e o Rio Grande do Sul , onde a gasolina é mais barata que o álcool. Isso se deve ao fato de que há uma maior oferta e demanda, relacionada aos produtos nestas regiões.
De fato, o valor do etanol sofre a influência também do preço da gasolina. Vale ressaltar que o combustível está em alta há cinco semanas, com uma média de R$5,02 o litro, em todo o Brasil. Dessa maneira,quando a gasolina está mais cara, as pessoas tendem a ir para o álcool, e vice versa.
Quando mais pessoas compram um tipo de combustível, a tendência é que ele fique mais caro, fazendo com que elas retornem ao consumo de outro produto. Além disso, há uma forte influência do preço do açúcar no valor do etanol, já que sua matéria prima é a mesma, a cana de açúcar.
São várias as questões que podem causar um aumento de preço do álcool, podemos destacar a safra, o preço internacional do açúcar, o crescimento da demanda interna, o preço da gasolina, entre outros. Nas últimas semanas houve uma alta nas usinas causada pela entressafra.
Variação de preços
Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Usp), houve no dia 11 de novembro uma redução do preço do litro de álcool de R$0,04. Uma redução de 1,17$ nas refinarias do estado de São Paulo. É um índice que aponta o fim de uma tendência de alta que vinha sendo observada nas semanas anteriores.
Vários fatores influenciaram nesta queda dos preços do etanol no estado, como por exemplo, as chuvas que impactaram na produção, dificultando a colheita da cana de açúcar, e a mudança no preço da gasolina, por conta do alinhamento do combustível com o cenário internacional.
O valor do etanol para ser vantajoso deve ser de até 70% do preço da gasolina. Deve-se ter em mente que o carro abastecido com álcool gasta um pouco mais para percorrer a mesma distância que o veículo utilizando gasolina. Por essa razão, muitas vezes é preferível escolher a segunda opção.
Os estados onde o etanol está mais caro são o Amapá, Rio Grande do Sul e Roraima. Portanto, nestas regiões é preferível continuar utilizando a gasolina como combustível. Isso se deve ao fatode que muitas vezes o preço médio do álcool está acima do valor médio cobrado nos postos.
Vantagens do etanol
Na maioria dos estados da federação não há uma vantagem relacionada ao consumo do álcool nos carros híbridos. Portanto, quem pode escolher, é melhor continuar com a gasolina. Pelo menos no período entressafra, até que o valor de cotação do etanol fique mais baixo, compensando a sua utilização.
No meio do ano houve uma ação do governo no intuito de baratear o valor dos combustíveis em todo o país através da redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que fez com que seu valor diminuísse um pouco. No entanto, não há expectativas para uma redução no futuro se não houver políticas públicas em torno da questão.