Confiança empresarial RECUA para menor nível desde maio

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 3,3 pontos em outubro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador recuou para 98,2 pontos, menor nível desde maio, ou seja, em cinco meses.

Com o acréscimo desse resultado, o ICE voltou a ficar abaixo da marca dos 100 pontos, considerada região de otimismo do indicador. Em resumo, taxas superiores a esta faixa mostram a confiança do empresário do país. Por outro lado, números inferiores à marca indicam pessimismo empresarial.

A propósito, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou o índice na terça-feira (1º).

“O ICE recua em outubro com piora das expectativas nos quatro setores pesquisados, sinal de que o setor produtivo espera uma desaceleração do nível de atividade nos próximos meses“, explicou Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV Ibre.

“Há certa resiliência no setor da construção, que continua registrando aumento da carteira de contratos e um bom nível de atividade corrente”, ponderou o superintendente.

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Indústria, comércio e serviços derrubam confiança

Em outubro, os setores industrial, do comércio e de serviços apresentaram quedas mais firmes da confiança, puxando o ICE para baixo. Veja a variação de cada um deles no mês:

Indústria: -3,8 pontos
Comércio: -3,8 pontos
Serviços: -2,6 pontos
Construção: -0,8 ponto

Como visto acima, todos os quatro setores que compõem o indicador de confiança da FGV caíram no mês. No entanto, os empresários da construção continuaram confiantes em outubro, com o indicador ficando em 100,9 pontos, acima do nível de neutralidade.

Por outro lado, os resultados dos demais setores ficaram abaixo dessa marca, indicando leve pessimismo dos empresários. A saber, o setor de serviços teve a maior pontuação entre eles (99,1 pontos), seguido por comércio (98,0 pontos) e indústria (95,7 pontos).

A desaceleração continua se aprofundando na Indústria, com queda do nível de utilização da capacidade pelo terceiro mês seguido e piora da percepção sobre a procura interna e externa por produtos industriais”, disse Campelo Jr.

“No setor de Serviços, o bom momento do segmento de serviços prestados às famílias vem segurando uma queda mais acentuada da confiança”, finalizou.

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