Endividamento gera estresse e burnout. Como evitar?
Ficar devendo dinheiro para alguém é um dos maiores fatores que levam ao estresse, dizem especialistas. Contudo, a situação parece ficar cada vez pior. Isso porque os recentes dados mostram que o endividamento das famílias está em níveis recordes. Com isso, os brasileiros trabalham cada vez mais, mas não conseguem sair dessa situação.
Em casos extremos de estresse, acontece o chamado burnout, que é quando a pessoa não tem mais condições de lidar com as atividades normais da vida. Apesar disso, especialistas dizem que existe solução para quem está devendo. Mas é preciso ter paciência.
Endividamento em níveis recordes
Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostram que o endividamento atinge, hoje, cerca de 79% das famílias brasileiras. Nas famílias que recebem até 10 salário mínimos, a situação é ainda pior. Nesses casos, 80% dos brasileiros estão endividados. O aumento de agosto para setembro foi de 0,3 ponto percentual.
O ritmo, contudo, é menor que a alta dos outros meses. Economistas dizem que o endividamento cresceu a um ritmo menor por conta do controle da inflação e do aumento da renda média dos trabalhadores. Em todo o Brasil, 79,3% das famílias estão devendo. Esse é o maior patamar desde o início do levantamento, em 2010.
Além disso, os dados mostram que o vilão segue sendo o mesmo. O cartão de crédito é o campeão do endividamento, atingindo 86,5% das famílias. Na pesquisa, contam aquelas que têm contas a vencer no cartão, mas que ainda não pagaram. Além disso, as mulheres estão mais endividadas que os homens, com 80,9% a 78,2%.
Com a situação do alto endividamento, especialistas sugerem medidas para que as famílias saiam do vermelho. Contudo, é preciso lembrar que isso demanda esforço e, principalmente, tempo. Dessa forma, mesmo que isso gere estresse, é preciso entender que sair das dívidas exige estratégia e paciência.
(Imagem: Pixabay).
Como sair das dívidas?
Para acabar com o seu endividamento, são alguns poucos passos necessários. Isso porque planejar a saída do vermelho é simples, mas o mais complicado é colocar o plano em prática. Por isso, especialistas sugerem que você revise, constantemente, esse plano, buscando melhorias todos os dias.
O primeiro passo é anotar todos os seus ganhos em um papel. Isso é fundamental principalmente para quem vive de bicos ou com trabalho autônomo. No lado do endividamento, é preciso anotar todos os seus gastos fixos e as suas contas atrasadas. Nesses casos, você precisa buscar reduzir, de alguma forma, as suas contas mais altas, seja o aluguel, seja nas contas de água e luz. No caso da alimentação, os cortes ficam mais complicados, mas também são possíveis.
Ao ver tudo isso no papel, você pode entender o que pode cortar de despesas e, com esse dinheiro, reduzir o seu endividamento, quitando as dívidas atrasadas. No caso do pagamento, busque negociar as dívidas de juros mais altos e quitá-las primeiro.
Uma forma de sair mais rápido do vermelho é buscar algumas formas diferentes de renda extra. Para isso, você pode usar diversas plataformas de trabalho. De qualquer forma, acabar com o endividamento exige planejamento e paciência.
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