Indicador de Emprego da FGV alcança maior nível em 11 meses
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 1,5 ponto em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador alcançou 83,8 pontos, maior patamar desde outubro do ano passado (87,1 pontos), ou seja, em 11 meses.
Com este avanço, o indicador reduziu um pouco da distância em relação ao nível registrado em fevereiro de 2020 (92,0 pontos), último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.
Vale lembrar que a crise sanitária impactou diversos setores econômicos e provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta, inclusive no Brasil. Por isso que o IAEmp ainda está em um nível baixo.
A saber, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pela pesquisa, divulgou os dados nesta quarta-feira (5).
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Dados mostram recuperação do mercado de trabalho
De acordo com Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, os dados de setembro refletem a recuperação do mercado de trabalho brasileiro. Contudo, ele ponderou que ainda é necessário ter atenção ao indicador.
“O IAEmp voltou a subir no resultado de setembro e já acumula alta de 8,8 pontos nos últimos seis meses. O patamar do indicador ainda exige alguma cautela, mas sua trajetória favorável nesse trimestre indica um cenário positivo para o mercado de trabalho”, avaliou Tobler.
“Com a pandemia cada vez mais distante do radar, a economia vai ditar o ritmo do mercado de trabalho. No curto prazo, ainda é possível novos resultados positivos, mas a virada para 2023 tende a trazer novas oscilações junto da desaceleração da atividade econômica”, avaliou o economista.
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Quatro dos sete componentes do indicador sobem
De acordo com os dados, quatro dos sete componentes do IAEmp subiram no mês passado. No setor da indústria, dois dos três componentes tiveram variações positivas: tendência dos negócios da indústria de transformação (+0,9 ponto) e situação atual dos negócios (+0,4 ponto), mas emprego previsto caiu 0,2 ponto.
Já os componentes do setor de serviços tiveram as seguintes variações: emprego previsto (+0,4 ponto), situação atual dos negócios (+0,2 ponto) e tendência dos negócios (0,0 ponto).
Por sua vez, o único componente da sondagem do consumidor, de emprego local futuro, caiu 0,1 ponto no mês.
Por fim, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) se baseia em dados das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. Em suma, ele pode antecipar as direções tomadas pelo mercado de trabalho no Brasil, possuindo relação positiva com o nível de emprego do país.
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