População subocupada soma 6,4 MILHÕES entre junho e agosto
O mercado de trabalho brasileiro continua se recuperando em 2022 dos impactos sofridos nos últimos anos devido à pandemia da covid-19. A saber, o coronavírus provocou a perda de milhões de postos de trabalho no país, mas os dados de 2022 refletem a retomada no país.
Entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil criou 1,85 milhão de empregos formais. Embora o dado seja expressivo e mostre a recuperação do mercado de trabalho, ainda não supera o resultado do ano passado (2,17 milhões de empregos), ou seja, a retomada precisa continuar para que o país se fortaleça ainda mais.
Nesta sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego caiu para 8,9% no trimestre móvel de junho a agosto deste ano. Esse número é o menor desde o trimestre encerrado em julho de 2015 (8,7%), mas ainda há 9,7 milhões de desempregados no país.
Apesar da melhora do mercado de trabalho, alguns indicadores ainda preocupam o mercado. De acordo com o IBGE, a população subocupada atingiu 6,4 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, queda de 18,2% em um ano (menos 1,4 milhão de pessoas).
Em suma, a forte retração em um ano é positiva, mas os números ainda são muito altos. A saber, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.
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População subocupada impacta economia do país
Segundo dados do IBGE, a taxa da população subocupada já estava bem alta no Brasil antes da pandemia. Com a chegada da crise sanitária, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e jornada de trabalho, o que agravou o quadro da subocupação no país.
Em resumo, a subocupação prejudica a recuperação do consumo, principal motor econômico do Brasil. Especialistas explicam que a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor.
Assim, sua renda diminui e ela tem mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes. Isso quer dizer que o brasileiro passa a gastar menos, já que o seu poder de compra está menor, e isso desaquece a economia.
Aliás, os investimentos nas atividades econômicas acontecem de maneira mais forte quando a economia está aquecida. Por isso, reduzir a subocupação no país é um grande passo para ver a economia crescer.
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