Endividamento com bancos BATE RECORDE em julho, diz BC
O endividamento bancário bateu recorde em julho deste ano. De acordo com um levantamento realizado pelo Banco Central (BC), a taxa de dívidas entre os brasileiros chegou a 53,1% da renda acumulada nos 12 meses anteriores.
A saber, esse é o maior percentual já registrado pela série histórica, que teve início em janeiro de 2005. Em outras palavras, o Brasil nunca teve tanta gente com dívidas em bancos como em julho de 2022, a ritmo anual.
A título de comparação, a taxa estava em 41,8% em fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Isso mostra que a crise sanitária afundou a população em dívidas, resultando em uma verdadeira crise econômica.
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Inadimplência fica estável, mas segue em nível elevado
O BC também informou que taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito ficou estável em agosto. A saber, a taxa permaneceu em 2,8%, maior patamar desde junho de 2020.
Em resumo, a inadimplência foi maior nas operações com pessoas físicas. Nesse caso, a taxa subiu de 3,6% em julho para 3,7% em agosto. A propósito, essa é a menor taxa desde maio de 2020 (4%).
Por sua vez, a inadimplência nas operações com pessoas jurídicas continuou estável em 1,5%, maior patamar desde agosto de 2020 (1,8%).
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Juro bancário alcança maior nível em mais de três anos
O BC também revelou que os juros bancários médios do país chegaram a 40,6% ao ano em agosto. Essa taxa é a mais elevada desde março de 2018 (41% ao ano).
O principal motivo dessa taxa tão elevada são as recorrentes elevações da taxa básica de juros do Brasil, a Selic. Aliás, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa em 13,75% ao ano na semana passada, maior patamar desde novembro de 2016.
A saber, a Selic é o principal instrumento do BC para segurar a inflação no país. A alta da Selic eleva os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia. Assim, a inflação tende a cair também, pois a demanda fica enfraquecida.
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