O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) caiu 4,9 pontos em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o índice caiu para 111,7 pontos, menor nível desde novembro de 2019 (105,1 pts.).
Em resumo, taxas superiores a 100 pontos indicam que há incerteza econômica no país. Aliás, a faixa acima de 111 pontos mostra que a incerteza no país não é apenas superficial, mas se encontra em nível razoável.
Embora o patamar continue elevado, o destaque nos últimos meses é a queda firme da incerteza no país. Aliás, há quase três anos que o indicador não ficava em uma situação mais confortável como a registrada neste mês.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (30).
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Incerteza recua com melhora da economia e do trabalho
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, dois principais fatores contribuíram para a queda da incerteza no país em agosto: a melhora da economia brasileira e a continuidade da recuperação do mercado de trabalho.
“O IIE-Br está agora apenas um pouco acima do que pode ser considerado um nível confortável de incerteza (abaixo dos 110 pontos) pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19. O resultado é motivado pela melhora do cenário para a atividade econômica e para o mercado de trabalho, além da redução da pressão inflacionária nos últimos meses”, disse a economista.
Apesar do recuo mensal, Anna Carolina ressaltou que a queda não é capaz de indicar quais serão os próximos resultados, pois o IIE-Br não está apresentando uma trajetória constante. Aliás, o cenário político deverá impactar diretamente a confiança ou incerteza da população nos próximos meses.
“O quadro eleitoral parece exercer pouca influência no indicador até o momento e a convergência do IIE-Br para níveis inferiores a 110 pontos dependerá das perspectivas para a continuidade da atual fase de crescimento e para o cenário político pós-eleição”, disse Anna Carolina.
Por fim, o IIE-Br possui dois componentes, o de Mídia e o de Expectativas. Em setembro, o primeiro caiu 4,5 pontos, para 110,6 pontos, enquanto o segundo recuou 3,9 pontos, para 111,6 pontos.
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