Uso de CHEQUES no Brasil CAI 93% desde 1995
Hoje em dia é bem difícil ver alguém utilizando cheque no Brasil. O seu uso vem caindo de maneira expressiva nos últimos anos devido aos avanços no mercado financeiro brasileiro. No entanto, ainda há quem utilize o cheque no país.
De acordo com dados históricos da Compe – Serviço de Compensação de Cheques, o uso do meio de pagamento no Brasil despencou 93% desde 1995.
A título de comparação, o país chegou a contabilizar 3,3 bilhões de cheques compensados em 1995. No entanto, em 2021, o número foi de apenas 218,9 milhões, queda de 23,7% em relação a 2020. A propósito, o levantamento foi realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que também se baseou nos dados da Compe.
Vale destacar que, em 2021, o PIX teve o seu primeiro ano de operação plena no país. A modalidade entrou em funcionamento no Brasil em novembro de 2020 e, desde então, vem conquistando a aprovação da maioria dos brasileiros.
Em resumo, houve 7 bilhões de transações realizadas por PIX no ano passado. Ao todo, estas operações tiveram um volume financeiro de R$ 4 trilhões. Na verdade, todas as facilidades de pagamentos e transferências financeiras, aliadas à rapidez das transações, continua agradando bastante a população do país.
“O cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais, que hoje são responsáveis por 70% das operações bancárias no país”, disse Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.
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Em média, brasileiro emite um cheque por ano
Apesar da forte queda nos últimos anos, o número do uso de cheques como pagamento ainda é bastante expressivo no Brasil. A saber, uma pessoa emite um cheque por ano, em média, no país. E isso ainda acontece apesar de o PIX estar em operação, possibilitando muito mais rapidez e segurança nas transações financeiras.
De acordo com um levantamento do Banco Central (BC), a chegada do PIX ao Brasil reduziu o uso dos cheques. Contudo, a forma de pagamento ainda resiste, principalmente nas cidades menores, ligadas ao agronegócio.
No primeiro semestre deste ano, houve a emissão de 103,9 milhões de cheques. Caso o volume se mantenha até o final do ano, o país poderá registrar mais de 200 milhões de cheques compensados em 2022. Isso representaria uma queda de quase 9% em relação a 2021, mas os dados seguiriam elevados.
Vale ressaltar que o total do volume financeiro dos cheques ficou praticamente estável neste ano. Em síntese, o valor passou de R$ 333,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2021 para R$ 333,3 bilhões no mesmo período deste ano.
“Os números mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix”, avaliou Faria, em nota.
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