BC interrompe alta dos juros, apesar de não conseguir efeito esperado
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic estável em 13,75% ao ano. Essa decisão interrompeu uma sequência de 12 altas consecutivas dos juros no país, iniciada em março de 2021.
Nesta terça-feira (27), o BC divulgou a ata da última reunião do Copom. Em resumo, o BC concluiu que o ciclo de aumento dos juros foi “bastante intenso” no país. Aliás, o banco preferiu interromper as altas da taxa Selic por “cautela”, apesar de não visualizar todo o efeito esperado sobre a inflação.
A saber, a taxa Selic é o principal instrumento do BC para conter o avanço da inflação no país. Desde o ano passado que a taxa inflacionária no Brasil se mantém em patamar bem mais elevado que o esperado. Por isso que o BC vinha promovendo os avanços dos juros.
Quando a taxa Selic está elevada, ela puxa consigo os juros do país, como o imobiliário e o bancário. Dessa forma, o crédito fica mais caro e a população passa a gastar menos, uma vez que terá que pagar mais em diversos setores. Como a demanda se enfraquece, os preços tendem a cair, ou seja, a inflação desacelera.
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BC continuará analisando cenário econômico do país
Na ata da última reunião do Copom, o BC avaliou que “grande parte” do impacto do aumento dos juros no país “ainda está por ser observada, tanto na atividade econômica quanto na inflação”.
Aliás, dois diretores do BC votaram por uma nova alta da taxa Selic em setembro, para 14% ao ano, mas tiveram voto vencido. Em síntese, eles avaliaram que um novo avanço “reforçaria a postura de vigilância e refletiria a observação da atividade mais forte do que esperada”.
Por fim, a entidade financeira avaliou que a inflação no Brasil continua elevada, apesar da redução do ICMS, que vem derrubando a taxa inflacionária nos últimos meses. Por isso, seguirá atento ao cenário econômico do país.
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