O Governo Federal lançou hoje, 27, as regras para o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Com elas, bancos e instituições poderão montar as melhores ofertas de empréstimo para os beneficiários do programa. Apesar disso, as condições não agradaram especialistas, que acreditam que as taxas de juros ficaram bastante altas para quem quer essa modalidade de crédito.
Por isso, hoje vamos falar sobre as regras do empréstimo consignado do Auxílio Brasil e, claro, falar se vale a pena, ou não, tirar o valor. Vale lembrar que agora depende apenas dos bancos participantes o anúncio da modalidade, o que deve acontecer dentro de algumas semanas.
Quais são as regras?
Segundo o Diário Oficial da União (DOU), as empresas que farão o empréstimo consignado do Auxílio Brasil não podem cobrar taxas de juros maiores que 3,5% ao mês. Um levantamento do Banco Central mostra que os juros só ficaram abaixo do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. A taxa também é igual à média dos juros de empréstimos pessoais comuns.
Além disso, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil terá um prazo máximo de duração de 2 anos. Com isso, o beneficiário pode dividir o empréstimo em até 24 parcelas. Outra questão importante é que o Ministério da Cidadania descontará o valor automaticamente do benefício, e repassará o dinheiro às instituições. A portaria também diz que os bancos não podem cobrar taxas de abertura de conta, abertura de crédito, e também não pode dar prazo de carência para os beneficiários. Por último, a portaria diz que se o Auxílio Brasil for cancelado, o cidadão seguirá tendo que pagar pelo empréstimo.
Com isso, a linha de empréstimo do Auxílio Brasil é uma das mais rígidas em termos de regras. Dessa forma, os bancos participantes possuem pouca margem para atuar com melhorias ao beneficiário, ficando restrito quase que exclusivamente às taxas de juros.
Por último, a portaria também determina que o consignado do Auxílio Brasil deverá prezar pela transparência. Com isso, deverá mostrar os valores com e sem juros, os valores das parcelas, demais taxas, CNPJ da agência bancária e custos com serviços terceirizados.
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Vale a pena usar o consignado do Auxílio Brasil?
De uma forma geral, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, que já não era uma boa opção, agora ficou ainda pior. Isso porque os juros são equiparáveis aos juros de empréstimos comuns, além de os beneficiários do programa não terem qualquer outra vantagem ao retirar o empréstimo. Uma melhoria esperada, mas que não está no Diário Oficial, seria os bancos tratarem sobre manutenção de contas bancárias.
Por isso, um empréstimo de R$1.000, parcelado em 12x, terá um valor total de R$1.511,07, o que dá um juros total de mais de 50%. Com essas altas taxas, o valor da parcela seria de R$125,92, que seriam descontados diretamente do Auxílio Brasil. Contudo, esse cálculo não contempla as taxas extras que os bancos cobram dos clientes.
Dessa forma, como se pode ver, não é uma condição atrativa para que pessoas que recebem o Auxílio Brasil tirem o empréstimo. Se houver urgência, especialistas sugerem operações pequenas, com poucas parcelas. Para casos mais graves, é necessário cuidar da organização financeira e evitar, ao máximo, se endividar.
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