O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 5,4 pontos em setembro, na comparação com o mês anterior. Com isso, o indicador avançou para 89 pontos, maior nível desde janeiro de 2020 (90,4 pontos), ou seja, voltou ao patamar pré-pandemia.
A saber, este foi o quarto avanço consecutivo e mostra que todas as preocupações trazidas pela pandemia foram superadas. No entanto, o índice de confiança permanece em um nível historicamente baixo, abaixo da marca dos 100 pontos.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta segunda-feira (26).
De acordo com Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens, o otimismo em relação aos próximos meses impulsionou a confiança dos consumidores do país em setembro. Aliás, este indicador voltou a atingir 100 pontos, algo que não acontecia desde março de 2019.
“Tal resultado parece estar relacionado com a queda nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses e um aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho”, disse a coordenadora.
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Confiança cresce, mas ainda é preciso cautela
Segundo Viviane, a intenção de consumo cresceu em todas as faixas de renda, exceto para os consumidores de renda mais baixa. Em resumo, esse resultado é um reflexo das dificuldades que estas pessoas ainda enfrentam no Brasil.
Ela também afirmou que “a proximidade das eleições tem um efeito potencializador dessas expectativas”. Com a definição do rumo do país nos próximos anos, ao eleger um novo presidente, os consumidores passam a mostrar mais confiança.
Embora os dados se mantenham em alta há meses, a coordenadora das sondagens da FGV Ibre disse que ainda é preciso cuidado, pois há muitas variáveis que podem mudar o cenário do país.
“É necessário ter cautela nesses resultados, considerando uma política monetária ainda restritiva e a possibilidade de desaceleração da atividade econômica, que reduziria a velocidade de recuperação do mercado de trabalho”, disse.
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