Impostos pagos por 60 mil bilionários deverão custear Auxílio Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a taxação de impostos aos bilionários do país. Ele afirmou que essa poderá ser a saída para o Auxílio Brasil continuar pagando R$ 600 aos usuários em 2023. A propósito, a declaração ocorreu durante uma entrevista à Rádio Itatiaia, em Minas Gerais na quinta-feira (22).
Em resumo, 60 mil bilionários irão custear o principal programa social do país. Atualmente, o Auxílio Brasil paga parcelas de R$ 600 a 20,65 milhões de usuários no país. Contudo, esse valor seguirá apenas até dezembro, conforme determina a Emenda Constitucional nº 123.
A saber, o pagamento de impostos pelos bilionários deverá acontecer com a aprovação da reforma tributária, pois esta prevê a taxação de grandes fortunas no país. E a equipe econômica do governo federal espera que isso aconteça no próximo ano para custear o Auxílio Brasil de R$ 600.
“Nós já aprovamos na Câmara, o projeto de reforma tributária, um capítulo especial dele era que nós estamos tributando os super ricos. São 60 mil pessoas que ganharam mais de R$ 300 bilhões e não pagaram Imposto de Renda. O sujeito não precisa ter vergonha de ser rico, agora tem que ter vergonha de não pagar imposto”, disse Guedes.
Em resumo, a reforma tributária já foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas ainda precisa da aprovação do Senado Federal. Segundo o ministro da economia, a tributação de lucros e dividendos poderá liberar R$ 52 bilhões, valor suficiente para o governo continuar pagando o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023.
Ministro da Economia se envolve em polêmica
Na quinta-feira, Paulo Guedes também deu entrevista para um programa da RedeTV. De acordo com apurações do jornal O Estado de São Paulo, o ministro da Economia afirmou ser contrário ao piso nacional da enfermagem.
Ainda segundo o jornal, Guedes não só interrompeu a entrevista, mas também pediu à emissora que não vinculasse o trecho em que se diz contrário ao piso da enfermagem. A saber, a RedeTV já veiculou alguns trechos da entrevista, mas não há menção sobre o piso da enfermagem em qualquer um deles.
Em suma, o ministro não queria que o trecho fosse vinculado porque foi o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) que sancionou o piso da enfermagem. Além disso, Guedes teme a repercussão negativa que a fala poderá causar a Bolsonaro, que é candidato à reeleição.
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