Vendas no comércio varejista caem pelo 3º mês consecutivo

volume de vendas no varejo brasileiro caiu 0,8%% em julho deste ano, na comparação com junho. A saber, a queda é a terceira consecutiva e mostra que o setor continua perdendo força no país. Ainda assim, o recuo foi menos intenso que o de junho (-1,4%).

Entre maio e julho, as vendas no comércio varejista caíram 2,7% no Brasil. Com estes recuos recentes, o setor voltou a se aproximar do patamar registrado em fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da covid-19. Agora, está apenas 0,5% acima do nível pré-pandemia.

A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE e divulgada nesta quarta-feira (14)

De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, “o setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”. Aliás, as vendas no varejo haviam alcançado um patamar bem mais alto em julho de 2021, quando estavam 5,3% acima de fevereiro de 2020, mas esse nível caiu de lá pra cá.

Embora o varejo brasileiro tenha registrado o terceiro recuo seguido, as vendas acumuladas em 2022 cresceram 0,4% na comparação com o mesmo período de 2021.

Por outro lado, o volume de vendas no varejo encolheram 1,8% no acumulado dos últimos 12 meses até julho.

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Vendas caem em sete dos oitos segmentos do comércio

De acordo com o IBGE, as vendas do comércio varejista recuaram em sete das oito atividades pesquisadas, assim como em junho. A única exceção foi o segmento de combustíveis e lubrificantes, cujas vendas cresceram 12,2% em relação a junho.

A propósito, veja abaixo os resultados das vendas em cada um dos oito segmentos:

Combustíveis e lubrificantes (+12,2%);
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%);
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%);
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%);
Equipamentos e material material para escritório, informática e comunicação (-1,5%);
Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%);
Móveis e eletrodomésticos (-3,0%);
Tecidos, vestuários e calçados (-17,1%).

“Algumas das grandes cadeias comerciais apresentaram redução na receita, sobretudo na parte de calçados. Além disso, pode haver também escolhas do consumidor, considerando a redução da capacidade do consumo atual”, explicou o gerente da pesquisa.

Por fim, as vendas da atividade de combustíveis e lubrificantes cresceram em julho devido à redução do ICMS. Em suma, o presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei federal que passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. E as pessoas aproveitaram os preços mais acessíveis.

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