Inflação fica negativa, mas alimentos seguem caros
O IBGE divulgou hoje, 9, os dados da inflação do mês de agosto. O resultado foi mais um mês de deflação, com os preços caindo 0,34% no país. Apesar disso, a queda veio com o forte peso da gasolina e da energia elétrica na composição do índice, que também mostra que os alimentos seguem caros no país, o que afeta toda a população.
Por isso, hoje vamos falar sobre a inflação no Brasil, o que levou à queda dos preços da gasolina e também mostrar quais alimentos seguem caros. Vale lembrar que existem diversas formas de driblar a alta dos preços no país.
Deflação é um sinal de que está tudo bem?
Uma inflação negativa (deflação) é sempre um sinal positivo para a economia se é antecedida por uma alta dos preços. No caso do Brasil, os preços aumentaram bastante desde o início do ano e agora é normal que caiam um pouco. Contudo, o atual indicador não quer dizer que está tudo bem com a economia brasileira.
Isso porque a queda na inflação se dá por conta da queda dos preços da gasolina, influenciada pelo dólar e pelo petróleo, e da energia elétrica. O restante dos fatores seguem estáveis, com exceção do grupo de Comunicações, que caiu 1,10%, mas tem pouco peso no índice. Com isso, dos itens que os consumidores mais usam, apenas a gasolina e a energia elétrica ficaram mais baratas em agosto.
No restante dos grupos, os preços ficaram estáveis. O destaque das altas ficou para vestuário e bens de saúde e higiene pessoal. A alta de preços nos grupos foi de 1,69% e 1,31%, respectivamente. Com isso, o foco segue nos alimentos, que pressionam o bolso do consumidor e fazem o supermercado ficar cada dia mais caro no país.
Gasolina fez a inflação cair em agosto.
(Imagem: Pixabay).
Alimentos em alta, mesmo com inflação baixa
Os preços dos alimentos assustam os brasileiros em 2022. Recentemente, a forte alta do leite provocou muitos problemas no orçamento familiar, com o preço do litro passando de R$8,00 em alguns lugares do Brasil. Apesar disso, o produto teve queda de 1,78% em agosto, bem longe da alta de 25,46% em julho. Além disso, outros produtos ganharam destaque
Dentre os alimentos que tiveram diminuição de preços, o tomate ficou na liderança, com queda de -11,25%, seguido pela batata-inglesa (-10,07%) e pelo óleo de soja (-5,56%). Por outro lado, os preços ficaram mais caros no frango em pedaços, que subiu 2,87%, o queijo, com alta de 2,58%, e as frutas, 1,35% mais caras. No total da categoria, os preços tiveram uma leve alta de 0,01%, o que é considerado estabilidade. Nos últimos 12 meses, a categoria teve mais de 13% de aumento de preços, o que fez a alimentação ficar mais cara no país.
Com os resultados da inflação de agosto, o acumulado em 12 meses é de 8,73%, a menor desde junho de 2021. Além disso, a deflação do mês é a maior de um mês de agosto desde 1994. Segundo economistas, o resultado foi positivo para a economia, dado que mostra uma estabilidade de preços nos alimentos e o afrouxamento da inflação em itens essenciais, como a gasolina e a energia elétrica.
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