Milhões de trabalhadores esperam ansiosos as datas de pagamento dos abonos salariais no país. Os valores ajudam a população a complementar a renda no mês, e isso explica a ansiedade. E um dos abonos mais aguardados é o PIS/Pasep.
Até 2020, a Caixa Econômica Federal iniciava o pagamento do abono em julho do ano seguinte ao trabalhado. Por exemplo, as pessoas que trabalharam em 2019 começaram a receber o valor em julho de 2020. Contudo, essa metodologia mudou devido à chegada da pandemia da covid-19.
Em resumo, o PIS/Pasep pago pelo governo federal é considerado um 14º salário para os trabalhadores de renda mais baixa. A saber, o valor pode variar entre R$ 101 e R$ 1.212, a depender da quantidade de meses trabalhados. E a espera pelo abono, que costumava durar meses, tem ficado cada vez mais longa no país.
Para combater a pandemia, o governo federal alterou as regras do pagamento do benefício em 2020. A grande mudança se referiu à data de pagamento e, em 2021, os trabalhadores não receberam o valor do PIS/Pasep referente ao ano-base 2020, assim como nos anos anteriores.
Na verdade, o valor que deveria ser usado para o pagamento dos brasileiros seguiu para a criação do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Por isso, o pagamento do PIS/Pasep de ano-base 2020 só aconteceu em 2022.
Em suma, estas regras continuam em vigor no país, ou seja, quem trabalhou em 2021 só terá acesso ao abono salarial em 2023. Da mesma forma, caso não haja mudança nas regras do abono, quem está trabalhando agora em 2022 só receberá o benefício em 2024.
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Embora a demora para receber o abono não agrade a maioria, os trabalhadores do país podem aproveitar o período para se planejar, reduzindo as compras e controlando os gastos. Até porque os níveis de endividamento e inadimplência estão mais altos que nunca no país.
Seja como for, o trabalhador que tem direito ao saque do PIS/PASEP precisa atender os seguintes requisitos:
Ter trabalhado por pelo menos 30 dias no ano de 2021;
Ter recebido, em média, até 2 salários mínimos por mês com carteira assinada;
Possuir inscrição no PIS ou Pasep há pelo menos 5 anos, contados até 2021;
Estar com os seus dados atualizados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ou eSocial.
Em síntese, os trabalhadores formais do setor privado que tiverem direito ao PIS recebem o valor pela Caixa Econômica Federal. Já os trabalhadores do setor público recebem o Pasep através do Banco do Brasil. Agora, resta esperar por 2023 para receber o abono.
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