Pela segunda semana consecutiva, o preço da gasolina fechou a semana em queda. Para o período entre 22/08 e 28/08, a queda foi de mais 2,8%, passando de R$ 5,40 para R$ 5,25. Os dados são da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O combustível ganhou protagonismo pela forte alta no início do ano, e agora mantém o holofotes pelo motivo contrário: há uma queda de mais de 30% em apenas dois meses.
O resultado vem por conta dos fatores do mercado internacional, principalmente, mas também por causa de cortes de impostos no país. Além disso, especialistas dizem que há espaço para mais quedas, mas que não devem ser relevantes.
Gasolina em queda livre
O preço da gasolina está caindo bastante. Em julho, a queda foi de pouco mais de 15%. Para agosto, o combustível caiu mais de 16%. Com isso, no consolidado dos dois meses, o combustível caiu bastante, passando dos 30% em alguns locais do Brasil. Agora, o preço médio é de R$5,25, mas é ainda menor em alguns lugares.
É o caso do Rio Grande do Sul. Por lá, o preço da gasolina já é visto abaixo dos R$5,00. Em muitos lugares do estado, o valor do litro está em R$4,80. Por outro lado, Fortaleza possui uma gasolina mais cara, onde ainda fica acima dos R$5,00. A diferença se dá por conta dos custos do frete, dado que o corte do ICMS estipulou um limite de 18% de alíquota para os combustíveis.
Além disso, a Petrobrás fez, recentemente, cortes no preço da gasolina para as distribuidoras. Na sexta-feira, a estatal também fez cortes no QAV, o querosene de aviação. Isso porque os itens que influenciam nos preços dos combustíveis estão em queda ou, no pior dos casos, estáveis.
(Imagem: Pixabay).
O que afeta o valor do combustível?
A gasolina ganhou os holofotes dos noticiários no final do ano passado e principalmente no início desse ano. Isso porque o preço do combustível parecia incontrolável, chegando a ser vendido por mais de R$8,00 o litro em algumas capitais do país. A guerra na Ucrânia foi o principal fator de alta de preços do combustível.
Contudo, em alguns lugares ela é ainda mais barata, ficando até mesmo abaixo dos R$5,00, como falamos. E essa explicação tem três fatores principais: o preço do petróleo, a cotação do dólar e também a carga de impostos sobre os combustíveis. Todos eles apresentaram sinais de melhora nos últimos meses, o que deu espaço para a queda do preço da gasolina.
O petróleo, que chegou a ser negociado acima dos US$120 por barril, agora fica em cerca de US$100,00, uma queda de 25%. Por outro lado, o dólar que chegou a ser cotado em R$5,35 agora está na casa dos R$5,10. Por último, o Governo Federal anunciou o corte do ICMS sobre diversos produtos, incluindo a gasolina. Antes, alguns estados cobravam até 30% de imposto. Agora, a alíquota máxima é de 18% para todos os estados do país.
Com todos esses fatores, a gasolina teve espaço para cair de preço. E a queda foi forte. No consolidado de julho e agosto, a queda fica em torno de 30% no valor para o consumidor. Vale lembrar que a queda do petróleo, do dólar e do imposto permitiram que a Petrobrás reajustasse para baixo o valor do litro às distribuidoras.
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