Os brasileiros estão enfrentando cada vez mais dificuldades para conseguir pagar todas as contas em dia. De acordo com um levantamento realizado pela Serasa Experian, 67,6 milhões de pessoas estão com alguma conta ou dívida atrasada no país em julho, ou seja, estavam inadimplentes.
Esse número é o mais elevado já registrado pelo levantamento, que teve início em 2016. Aliás, a taxa de inadimplência vem crescendo desde o início do ano. Veja abaixo o crescimento do número de inadimplentes no país nos últimos meses:
Dezembro de 2021: 64 milhões;
Janeiro de 2022: 64,8 milhões;
Fevereiro: 65,2 milhões;
Março: 65,7 milhões;
Abril: 66,1 milhões;
Maio: 66,6 milhões;
Junho: 66,8 milhões;
Julho: 67,6 milhões.
Os dados acima também mostram que o aumento do número de inadimplentes no país em julho (800 mil) foi o maior desde janeiro. À época, o país também registrou um avanço equivalente da quantidade de pessoas que estavam com conta ou dívida atrasada.
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Estados do Sudeste lideram ranking nacional
Em resumo, o levantamento revelou as unidades da federação (UF) que possuíam o maior número de inadimplentes do país. Em julho, destacaram-se os estados da região Sudeste, que dominaram o top três do ranking nacional. Veja o número de inadimplentes em cada uma das dez primeiras UFs:
São Paulo: 16 milhões;
Rio de Janeiro: 6,81 milhões;
Minas Gerais: 6,45 milhões;
Bahia: 4,27 milhões;
Paraná: 3,55 milhões;
Rio Grande do Sul: 3,29 milhões;
Pernambuco: 3,03 milhões;
Ceará: 2,81 milhões;
Pará: 2,35 milhões;
Goiás: 2,23 milhões.
Por outro lado, Roraima ficou na ponta de baixo da lista, com o menor número de negativados do país (214 mil). Em seguida, ficaram: Acre (273 mil), Amapá (304 mil), Tocantins (499 mil) e Rondônia (569 mil).
Além disso, o levantamento mostrou que 28,6% do total de dívidas atrasadas foram referentes a cartões de crédito e bancos. A saber, estes foram os tipos de dívidas que mais geraram atrasos entre os brasileiros em julho, assim como nos meses anteriores.
Em segundo lugar ficaram as dívidas com contas domésticas (água, luz e gás), que responderam por 22,2% do total. Já na terceira e quarta posições ficam os débitos com os setores de financeiras e varejo, com taxas de 13,7% e 12,4%, respectivamente.
Por fim, o levantamento estimou que 41,8% da população adulta brasileira estava inadimplente. A maior parte dos cidadãos com o nome negativado possuía entre 26 e 40 anos (24,1%), seguidos por pessoas entre 41 e 60 anos (23,1%), acima de 60 anos (11,6%) e até 25 anos (8,8%).
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