Bolsonaro não diz como financiará Auxílio Brasil. Veja!
Com a chegada das eleições, os candidatos precisam enviar um plano de governo para que os eleitores se informem sobre os projetos. Dessa forma, no plano de governo de Jair Bolsonaro, atual presidente e candidato à reeleição, não há medidas que digam de onde sairão os valores para bancar o Auxílio Brasil. Das 48 páginas do projeto, 7 falam da economia.
Vale lembrar que, por lei, qualquer aumento de gastos do governo precisa apresentar uma fonte de arrecadação. Por conta disso, especialistas acreditam que o Auxílio Brasil de R$600,00 pode ser ameaçado, caso não haja uma fonte explícita. Outros projetos de governo não tratam dessa medida.
O Auxílio Brasil vai acabar?
Mesmo que Bolsonaro não tenha apresentado uma fonte de financiamento para o Auxílio Brasil, isso não quer dizer que ele vai acabar. Na verdade, o candidato se mostra comprometido em manter o valor da atual parcela, assim como outros candidatos à presidência. Contudo, chama a atenção a falta de fonte de financiamento, dado que isso é requerido por lei.
Além disso, vale lembrar que as modificações no Auxílio Brasil exigem mudanças na Constituição. Por isso, especialistas dizem que não é tão simples aumentar ou diminuir valores dos benefícios. Para cada aumento pequeno nos benefícios, os cofres públicos sofrem impactos bilionários. Contudo, economistas acreditam que existem chances sólidas de o benefício ficar em R$600,00 durante todo o ano de 2023.
Atualmente, mais de 18 milhões de famílias recebem o Auxílio Brasil. Para ter acesso aos valores, é preciso comprovar situação de pobreza ou extrema pobreza, que depende do salário por pessoa da família. Além dos beneficiários, cerca de 2 milhões de pessoas aguardam na fila a aprovação do benefício. Em meses anteriores, o Governo Federal se disse comprometido em zerar a fila até o final do ano.
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O que dizem os outros candidatos?
Além de Jair Bolsonaro, outros candidatos já se manifestaram sobre o Auxílio Brasil. De acordo com os líderes da pesquisa do IPEC, os candidatos concordam em aumentar o valor, com ênfase especial a Ciro Gomes, que tem uma proposta distinta de todos os outros. Vale lembrar que os planos de governo não serão, necessariamente, aprovados pelo Legislativo brasileiro.
Além de Bolsonaro, o ex-presidente Lula e a senadora Simone Tebet já se colocaram a favor do Auxílio Brasil em R$600,00. Sobre o assunto, Lula diz que seu partido foi o primeiro a tratar desse valor como possível e diz que o Governo Federal errou ao esperar muito tempo para aumentar o valor. Por outro lado, Tebet disse que “como mãe, jamais deixaria de aprovar um Auxílio Brasil de R$ 600“.
Fugindo do padrão de outros candidatos, Ciro Gomes apoia que o Auxílio Brasil se torne uma renda universal de R$1.000. Com isso, além dos atuais beneficiários, o candidato diz que outras pessoas estariam aptas a receber o valor, mas não deu mais detalhes sobre a proposta.
Atualmente, o Auxílio Brasil paga R$600,00 para cada beneficiário. O valor valerá até dezembro. Em 2023, até agora, o valor voltará para R$400,00.
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