Não é novidade para ninguém que a inflação no Brasil está bastante elevada. Em julho, a taxa teve a menor variação mensal desde 1980, mas o acumulado nos últimos 12 meses continuou bem alto. E isso vem modificando os hábitos de consumo dos brasileiros.
De acordo com a pesquisa Consumer Pulse, realizada pela empresa de informações TransUnion, 86% dos entrevistados pretendiam mudar o que e quanto compram devido à inflação. Aliás, 79% dos brasileiros afirmaram que estão preocupados com o impacto da taxa inflacionária em suas vidas financeiras.
“A preocupação do brasileiro com a inflação reflete imediatamente na vida financeira da população. Desde o início de 2022, essa foi a principal queixa em relação às finanças. É difícil se planejar quando não se sabe qual será a taxa de inflação dos próximos dias”, explicou Claudio Pasqualin, vice-presidente de Soluções da TransUnion Brasil.
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Quatro em cada dez brasileiros têm dívidas ou contas atrasadas
Vale destacar que 41% dos brasileiros não pagaram algum compromisso financeiro no segundo trimestre deste ano. Isso quer dizer que quatro em cada dez brasileiros estão inadimplentes no país. A propósito, a fatura do cartão de crédito liderou o ranking de preocupações dos entrevistados.
Da mesma forma, quatro em cada dez lares afirmaram ter menos dinheiro que antigamente. Em suma, isso aconteceu, principalmente, devido à perda do emprego ou à redução salarial.
Esse cenário se reflete nos hábitos de consumo da população. Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados afirmaram que pretendiam reduzir as despesas extras. Nesse caso, incluem-se viagens, alimentação fora de casa e entretenimento. Aliás, 24% já haviam reduzido ou cancelado serviços digitais.
No segundo trimestre deste ano, 39% dos entrevistados tinham a intenção de controlar dívidas e gastos extras, bem como compras maiores, como carros e eletrodomésticos. Enquanto isso, 38% desejavam reduzir as despesas com varejo, como roupas e eletrônicos.
Embora todos estes dados reflitam as dificuldades financeiras impostas, em grande parte, pela inflação elevada, 73% dos entrevistados afirmaram estar otimistas com o futuro das suas finanças nos próximos 12 meses.
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