Economia: REF aponta queda do volume de vendas no setor imobiliário

De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), na China, persistem os problemas associados ao setor imobiliário. Confira outros apontamentos oficiais sobre a economia no cenário global, de acordo com a recente divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB).

Economia: REF aponta queda do volume de vendas no setor imobiliário

Segundo destaca o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), a contração do volume de vendas de imóveis e os preços em queda refletem o panorama de elevada incerteza sobre a saúde financeira das incorporadoras imobiliárias. 

Restrições e incertezas econômicas 

Essas empresas se deparam com condições de financiamento cada vez mais restritivas em face de seu elevado endividamento, o que tem gerado estresse no mercado de crédito local. 

Assim sendo, nos Estados Unidos, a alta dos preços dos imóveis e das taxas de juros sobre hipotecas têm contribuído para uma menor affordability dos imóveis na margem, colaborando para o desaquecimento do mercado imobiliário. Mesmo assim, as taxas de inadimplência do crédito imobiliário seguem baixas, com novas operações majoritariamente em faixas de clientes com menor risco. 

Economia global e a reprecificação de ativos

De acordo com a análise divulgada através do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), a materialização de cenários extremos de reprecificação de ativos financeiros no mercado global pode ter impacto significativo sobre as Economias Emergentes (EMEs). 

Os dados mais recentes dos fluxos de capitais internacionais sugerem arrefecimento na entrada de capital no 4ºT21, devido principalmente à perspectiva de normalização da política monetária nos EUA. A dominância chinesa como principal destino de capitais se intensificou na pandemia, auxiliada pela abertura financeira ocorrida nos últimos anos, a recuperação em “V” da economia local e as taxas de juros atrativas no país.

A normalização das políticas monetárias e macroprudenciais nas Economias Emergentes (EMEs) e a transparência na condução da política monetária contribuem para mitigar esse risco, destaca o Relatório de Estabilidade Financeira (REF).

A perda de ativos impacta o preço de commodities

Embora as condições continuem ordenadas nos principais mercados até o momento, e os sistemas financeiros internacionais mais relevantes sigam funcionando sem maiores fricções, o Banco Central do Brasil (BCB) segue monitorando seus riscos.

Contudo, o aumento da volatilidade pode provocar perdas nos valores dos ativos, principalmente naqueles com maior risco, levando ao aumento no requerimento de margens o que, em alguns mercados, pode causar saídas não ordenadas de posições alavancadas, gerando novas quedas nos preços de ativos e chamadas de margens recorrentes. 

Essa dinâmica pode ser especialmente relevante no mercado de commodities, um dos mais afetados pelo conflito no leste da Europa. Uma vez que, conforme divulgado em outros documentos oficiais, o atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia eleva a incerteza econômica, bem como, as ações que foram necessárias por conta da recente pandemia de Covid-19 impactam os preços de commodities e, por conseguinte, todos esses fatores elevam a pressão inflacionária.

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