Guedes afirma que benefícios pagos pelo governo não tem a ver com eleição
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta semana que os benefícios disponibilizados pelo governo não são eleitoreiros. De acordo com ele, a transferência de renda não tem nada a ver com as eleições presidenciais do Brasil, que acontecerão em outubro deste ano.
Em um evento realizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Rio de Janeiro, o ministro não citou a “PEC das Bondades”. A saber, a proposta permitiu ao governo federal o aumento dos gastos em R$ 41,2 bilhões acima do teto de gastos. E essa ação vem sendo considerada como eleitoreira pela oposição.
Embora não tenha citado a PEC, as declarações se referiram ao texto, que promoverá o aumento do valor pago por diversos benefícios. O principal deles, o Auxílio Brasil, passará a pagar R$ 600 aos beneficiários, em vez dos atuais R$ 400. Contudo, haverá apenas cinco parcelas turbinadas, de agosto a dezembro, o que faz a oposição afirmar que a ação é eleitoreira.
A propósito, não há nenhuma indicação que a parcela de R$ 600 se tornará permanente, mas isso vem ganhando força nos últimos tempos. Como as eleições presidenciais estão cada vez mais próximas, os pré-candidatos à presidência do Brasil estão afirmando que irão manter o Auxílio Brasil em R$ 600 permanentemente, caso eleitos.
“Então deixa a pessoa morrer de fome?”
No evento, Guedes aproveitou para criticar os opositores do governo federal que vem afirmando que o aumento do valor pago pelos benefícios não passa de uma ação para impulsionar a campanha do presidente Jair Bolsonaro à reeleição.
“Passa um bom tempo dizendo fome, fome… As pessoas estão cozinhando em fogão a lenha e aí, quando você faz a transferência de renda, que é a medida correta para quem tá comendo a lenha voltar a usar o botijão de gás, para quem tá comendo a lenha voltar a poder comprar bens no supermercado, é eleitoreiro”, disse Guedes.
“Então deixa a pessoa morrer de fome? Eleição não tem nada a ver com as transferências de renda que nós temos e nós já tínhamos feito com a ocasião da doença e fizemos agora com a ocasião da guerra”, afirmou o ministro.
Por fim, vale destacar que os analistas do mercado financeiro reduziram as projeções para a inflação no Brasil em 2022. Em suma, o aumento do valor pago pelos benefícios sociais deverá ter um impacto positivo no curto prazo. No entanto, as estimativas para 2023 subiram, uma vez que o impacto da PEC deverá ser mais sentido no ano que vem.
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