Petrobrás: em meio à crise, funcionários ameaçam greve
Depois de sofrer com a greve do Banco Central e pressionar os presidentes da estatal de petróleo, o governo pode sofrer mais um golpe. Isso porque funcionários da Petrobrás devem começar, nos próximos dias, a organizar uma greve. Segundo documentos, o documento oficial de indicativo de greve deve ser encaminhado à Petrobras e ao Congresso nesta segunda-feira (11).
Com isso, abre-se mais uma crise dentro do governo. O resultado dessa greve também pode ser ruim para o país, que pode ver o preço dos combustíveis aumentar, caso a greve afete a produção e distribuição de gasolina e diesel no país.
O que aconteceu na Petrobrás?
Os funcionários da Petrobrás ameaçam entrar de greve nos próximos dias. Segundo documentos aos quais os jornalistas tiveram acesso, o anúncio formal do movimento deve ser feito já nessa segunda-feira, 11. Os grevistas apontam a falta de reajustes salariais e o processo de privatização da companhia como os motivos da paralisação.
Além disso, segundo a Federação Única de Petroleiros (FUP), os 12 sindicatos de petroleiros rejeitaram a contraproposta da empresa. Ainda, a FUP afirma que a votação por greve foi grande, ficando acima dos 90% de adesão na grande maioria dos estados brasileiros, com exceção de São Paulo (85,34%) e do Paraná e Santa Catarina (88,36%). Apesar disso, todos os percentuais ficaram acima dos 85%.
Até o momento, a greve ainda é uma ideia. Isso porque não há nada definido pelo sindicato, mesmo que a mobilização seja grande. A categoria quer um reajuste de 8,5% no salário. Isso porque a inflação subiu bastante desde o último reajuste, em setembro de 2021. Além disso, funcionários querem reajuste de 3,6% para recompor o salário do período de 2016 a 2021.
O sindicato diz que a Petrobrás fez uma contraproposta. Nela, o reajuste ficaria em 5%, o que foi rejeitado pelos grevistas. Além disso, vale lembrar que a estatal teve lucro recorde no ano passado, que também foi fonte de insatisfação do presidente Jair Bolsonaro.
(Imagem: Pixabay).
O que pode acontecer?
Segundo analistas, a greve na Petrobrás pode ser grave e tem potencial para prejudicar ainda mais o bolso dos brasileiros. Isso porque a queda da gasolina aliviou o bolso do brasileiro, mas a paralisação pode comprometer a produção e distribuição de combustíveis em todo país. Além disso, para o governo, isso significa mais uma barreira.
Isso porque o Banco Central também entrou em greve. Apesar disso, o movimento foi encerrado nessa terça-feira, 5. Por outro lado, o tema dos combustíveis vem sendo o maior problema para o governo de Jair Bolsonaro, que viu o preço do litro atingiu mais de R$8,00 na gasolina em alguns estados. O resultado é uma inflação alta, que deveria começar a cair. Contudo, a greve na Petrobrás pode atrapalhar isso.
Por outro lado, é preciso lembrar que o Brasil se aproxima de época eleitoral. Com isso, uma greve na Petrobrás pode manchar a reputação do governo, que já está prejudicado nas pesquisas eleitorais. Especialistas acreditam que a greve deve acontecer, principalmente por conta da contraproposta feita pela empresa. Apesar disso, o movimento ainda não começou oficialmente.
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