Auxílio Brasil representa acréscimo no PIB de diversas cidades
O programa Auxílio Brasil representa um acréscimo de 11,6% na economia local de 648 cidades brasileiras, a maioria localizada na região Nordeste, aponta pesquisa. O levantamento foi realizado pelo professor titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados da pesquisa ainda indicam que os estados com maior número de cidades onde os recursos do Auxílio Brasil representam cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do município, são: Bahia (146 municípios), Piauí (124 municípios) e Maranhão (116 municípios).
Ecio Costa ainda destacou que o Auxílio Brasil representa 1,04% do PIB nacional. Até o momento, R$ 87,7 bilhões já foram pagos aos beneficiários do programa de transferência direta de renda. Vale lembrar que o Auxílio Brasil começou a ser pago em 2021, após o fim do Auxílio Emergencial.
De acordo com a pesquisa, em 15 das 27 unidades da Federação, o Auxílio Brasil representa pelo menos 1% do PIB estadual. Os dados divulgados informam que os estados brasileiros onde os pagamentos do programa possuem a maior proporção em relação à economia local são Maranhão (4,69%), Piauí (4,39%) e Paraíba (3,84%).
“Oito dos dez estados mais beneficiados são do Nordeste, que é o principal target [público-alvo] do programa. Depois vêm Norte, Sudeste, Centro-Oeste e por último a região Sul”, explicou Costa.
O impacto do programa em comparação ao Auxílio Emergencial
Apesar dos dados divulgados pela pesquisa apresentarem que o Auxílio Brasil tem forte influência no Produto Interno Bruto do país, o programa ainda possui menos impacto do que o Auxílio Emergencial.
No ano de 2020, 1.709 cidades mostraram aumento de pelo menos 10% do PIB municipal por conta do Auxílio Emergencial. Ao comparar com o Auxílio Brasil, os números do seu antecessor representam mais que o dobro.
Qual o valor do Auxílio Brasil?
O programa Auxílio Brasil é composto por três benefícios básicos, sendo eles: Benefício da Primeira Infância (BPI), Benefício Composição Familiar (BCF) e Benefício de Superação da Extrema Pobreza (BSP). Cada uma dessas modalidades atende a um grupo específico, desse modo, o valor do Auxílio Brasil depende do núcleo familiar dos beneficiários.
O Benefício Primeira Infância é pago às famílias beneficiárias do programa de acordo com a quantidade de crianças entre 0 a 36 meses incompletos presentes no núcleo familiar. O valor do Auxílio Brasil para essa modalidade é de R$ 130,00.
Já o Benefício Composição Familiar é de R$ 65,00, sendo pago por pessoa, para famílias que possuam em sua composição: gestantes, nutrizes e pessoas com idade entre 3 (três) e 21 (vinte e um) anos incompletos que estejam cursando ou tenham concluído a educação básica.
Por fim, o Benefício de Superação da Extrema Pobreza tem seu valor calculado de forma que a renda per capita da família, após o recebimento dos benefícios anteriores, supere o valor da linha de extrema pobreza. Vale informar que as famílias unipessoais em situação de extrema pobreza também são elegíveis para essa modalidade de benefício do Auxílio Brasil.