Consumidores devem ficar alertas com a alta dos preços na Páscoa

A inflação dos itens mais consumidos na Páscoa avançou 3,93% entre abril de 2021 e março deste ano. A variação ficou mais de seis vezes inferior à taxa acumulada nos 12 meses anteriores (25,36%). Isso quer dizer que os consumidores irão gastar bem menos para comprar os itens tradicionais da data comemorativa neste ano.

Em resumo, a forte desaceleração ocorreu, principalmente, porque o real estava muito desvalorizado ante o dólar em 2020 e 2021. Além disso, problemas climáticos afetaram a produção de diversos itens no Brasil. A saber, o grande destaque foi o arroz, cujo preço havia disparado 60,83% entre 2020 e 2021, mas chegou à Páscoa de 2022 acumulando uma queda de 12,20%.

Aliás, a inflação dos itens mais tradicionais da data comemorativa teria chegado a 9,79% se o arroz fosse retirado da cesta pesquisada. A saber, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgou o levantamento na semana passada.

Preços devem ter forte alta nesta semana

Embora os consumidores encontrem preços bem mais acessíveis neste ano, especialistas alertam a população sobre os altos preços praticados na Semana da Páscoa. Como a demanda cresce expressivamente nestes dias, o valor dos produtos também tende a subir.

De acordo com o economista e pesquisador do Ibre/FGV, Matheus Peçanha, os consumidores precisam pesquisar antes de comprar. Em suma, o preço do pescado fresco subiu 8,33% nesta semana, enquanto os ovos de Páscoa estão 9,89% mais salgados. E a expectativa é que haja mais aumentos no decorrer da semana.

Especialistas explicam que a melhor maneira de encontrar preços mais acessíveis é pesquisando. Antes de sair às compras, é importante fazer uma consulta em sites sobre os valores dos produtos e das marcas. Assim, o consumidor terá uma ideia de quanto está custando, em média, o item desejado, e pode escolher o mais barato.

A Páscoa deverá gerar um faturamento de R$ 2,16 bilhões para o varejo neste ano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o valor supera em 1,9% as vendas do comércio varejista em 2021. Contudo, o nível ainda segue abaixo do faturamento de 2019 (-5,7%).

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