Produção industrial cresceu 2,9% em dezembro de 2021
A produção industrial brasileira cresceu 2,9% em dezembro, na comparação com novembro, na primeira taxa positiva desde maio, segundo divulgou nesta quarta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, o setor conseguiu fechar 2021 com um avanço de 3,9%, depois de dois anos seguidos de perdas. Frente a dezembro de 2020, a indústria recuou 5%, a quinta taxa negativa nessa base de comparação.
Apesar do resultado positivo em dezembro, o setor ainda se encontra 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,7% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011, destacou o IBGE.
Vale lembrar que o setor registrou queda de 1,1% em 2019 e um tombo de 4,5% em 2020.
O IBGE revisou o resultado de novembro, de queda de 0,2% para estabilidade (variação nula), após uma sequência de 5 meses consecutivos de queda na produção. De junho a outubro, a indústria acumulou perda de 3,3%.
Os resultados de dezembro foram melhores do que as expectativas em pesquisa da Reuters de avanço de 1,5% na comparação mensal e de queda de 6% na base anual.
Na passagem de novembro para dezembro, 20 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção. Os destaques foram a produção de veículos (12,2%) e produtos alimentícios (2,9%). Por outro lado, entre as cinco atividades em queda, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,9%) exerceu o principal impacto negativo em dezembro de 2021.
Indústria fica estagnada no 4º trimestre
No quarto trimestre de 2021, o setor industrial ficou estagnado (variação zero) frente ao 3º trimestre. Já na comparação com os 3 últimos meses de 2020 houve queda de 5,8%. A estabilidade no 4º trimestre frente ao 3º trimestre interrompeu, entretanto, 3 trimestres seguidos de retração.
No acumulado do ano, a indústria teve resultados positivos em 3 das 4 grandes categorias econômicas e em 18 das 26 atividades investigadas pela pesquisa, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (20,3%), máquinas e equipamentos (24,1%) e metalurgia (15,4%).
Para 2022, há expectativas de alívio gradual nos gargalos na cadeia de oferta global, bem como um movimento de reabastecimento de estoques, embora a retomada ainda deva ser fraca.