Confiança no setor da construção cai em janeiro e chega a menor patamar desde 2021
O índice de confiança da construção caiu 3,9 pontos em janeiro, para 92,8 pontos, menor nível desde junho de 2021 (92,4 pontos), segundo o do FGV IBRE. A retomada da construção ganhou fôlego em 2021 com o desempenho positivo do mercado imobiliário: vendas e lançamentos cresceram impulsionados por taxas de crédito, que em agosto atingiram um piso histórico.
A mudança de cenário terá impactos sobre os novos negócios em 2022. A queda foi resultado da piora na percepção dos empresários sobre momento atual e nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice de Situação Atual caiu 2,1 pontos, para 90,7 pontos, menor nível desde julho do ano passado (89,4 pontos), influenciado tanto pela piora do indicador de carteira de contratos, que recuou 2,4 pontos, para 91,4 pontos, como pela piora do indicador que mede a situação atual dos negócios, que recuou 1,9 ponto, para 90,1 pontos. Ambos retornam ao menor nível desde julho de 2021.
O Índice de Expectativas caiu 5,8 pontos, para 95,0 pontos, menor nível desde maio do ano passado (89,9 pontos), devido à deterioração das perspectivas sobre a demanda nos próximos meses. O indicador que mede a demanda prevista recuou 6,6 pontos para 96,4 pontos, e o indicador que projeta a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 4,9 pontos, para 93,6 pontos, menor nível desde maio de 2021 (90,5 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade da Construção (Nuci) recuou 1,5 ponto percentual, para 74,9%. O Nuci de Mão de Obra e Nuci de Máquinas e Equipamento contribuíram negativamente, com variações de -1,2 e -1,1 p.p., para 76,3 % e 68,7%.
Custo da construção sobe
O Índice Nacional de Custo da Construção variou 0,64% em janeiro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,30%. Com este resultado, o índice acumula alta de 13,70% em 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice subira 0,93% no mês e acumulava alta de 9,39% em 12 meses.
A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,49% em dezembro para 1,09% em janeiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,14% em janeiro, contra 0,10%, em dezembro.