Após feriado, dólar começa essa terça cotado a R$ 5,47
O dólar opera em queda nesta terça-feira (16), na reabertura dos mercados após o feriado de 15 de novembro e com investidores de olho em indicadores econômicos domésticos.
Às 10h46, a moeda norte-americana recuava 0,26%, cotada a R$ 5,4435, mas o valor agora já está na casa dos R$ 5,47.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1%, cotado a R$ 5,4579. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,36% no mês. No ano, porém, ainda tem alta de 5,22%
Cenário
Na agenda econômica, o Banco Central mostrou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,27% em setembro em relação a agosto, indicando retração de 0,14% no 3º trimestre.
O mercado financeiro elevou novamente a estimativa de inflação e piorou a projeção para o PIB de 2022, segundo pesquisa Focus, divulgada nesta segunda pelo Banco Central.
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para este ano subiu de 9,33% para 9,77%. Para 2022, subiu de 4,63% para 4,79% a estimativa de inflação.
O mercado manteve em 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021 e em 11% ao ano para o fim de 2022. Para o PIB, a previsão de crescimento deste ano passou de 4,93% para 4,88%. Para 2022, a estimativa de alta foi reduzida de 1% para 0,93%.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,50. Para o fim de 2022, ficou estável também em R$ 5,50 por dólar.
Em Brasília, as atenções seguiram voltadas para a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado. A proposta é encarada como prioritária pelo governo para bancar o Auxílio Brasil no valor mínimo de R$ 400 por família.
A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação). As duas mudanças abrem um espaço orçamentário de cerca de R$ 90 bilhões para o governo gastar em 2022, ano eleitoral — o que é visto como especialistas como uma forma de “contornar” o teto de gastos — considerado uma importante âncora fiscal.